Escrever (11/06/2009
Desde criança tenho um sonho: ser uma grande escritora. No entanto sempre encarei essa vontade como algo platônico. Este tem significado por ser perfeito no mundo das idéias, mas e se tal desejo se tornasse real, se se expressasse nesse mundo corrupto, seria tão deleitoso? Me pergunto até que ponto estou certa e até que ponto sou covarde. O sabor das fantasias é mais agradável do que o suor da realidade, mas o último é tocável, é visível, é palpável, é real. Vale a pena correr o risco e tentar escrever alguma coisa que preste, de qualidade?
Não nasci com o talento nato da escrita. Meu encontro com literatura não foi agradável, nada amistoso. Minha mãe me emprestava alguns livros que leu durante sua adolescência como uma tentativa de me introduzir nesse mundo. Não demorou muito, porém os resultados positivos apareceram: hoje leio muito mais do que ela. No entanto, isso não é o suficiente para eu alcançar o meu ponto central. Por mais contato que eu tenha, minha postura sempre foi contemplativa; leio, admiro, às vezes critico. Já escrevi poemas, ridículos por sinal, minha preferência é a prosa, mas mesmo assim não me sinto bem diante do que escrevo. Quando vejo as palavras na tela do computador ou rabiscadas numa folha de papel não é a mesma coisa do que quando penso nos textos, os elaboro mentalmente.
Certamente a escrita não é um detalhe à parte na minha vida. É a minha vida. Não quero dizer que minha vida é escrever, mas esse é um caso que explicita todo o resto. Ser uma escritora, ser grande é o que eu desejo, mas a covardia é maior do que a força em mim. Projetar uma casa é mais fácil do que construir uma. De planos eu já me cansei. Não sonhei com tudo que poderia, mas já repeti tantas vezes o mesmo sonho que preciso dar uma mudança nas coisas, então resolvi tomar a decisão de escrever.
Escrever não como realização de um sonho e sim como tentativa de auto-conhecimento. O que é perfeito na terra das fantasias, muitas vezes não pode ser visto da mesma forma no mundo real. E se minha paixão não for escrever? Muitos detalhes serão diferentes. A realização de sonhos não deve ser a pura transferência de planos, mas sim a reconstrução de tudo. Não a partir do zero, por mais imaginária que sejam, as fantasias de uma certa forma são reais, porque minha natureza é real.
Não nasci com o talento nato da escrita. Meu encontro com literatura não foi agradável, nada amistoso. Minha mãe me emprestava alguns livros que leu durante sua adolescência como uma tentativa de me introduzir nesse mundo. Não demorou muito, porém os resultados positivos apareceram: hoje leio muito mais do que ela. No entanto, isso não é o suficiente para eu alcançar o meu ponto central. Por mais contato que eu tenha, minha postura sempre foi contemplativa; leio, admiro, às vezes critico. Já escrevi poemas, ridículos por sinal, minha preferência é a prosa, mas mesmo assim não me sinto bem diante do que escrevo. Quando vejo as palavras na tela do computador ou rabiscadas numa folha de papel não é a mesma coisa do que quando penso nos textos, os elaboro mentalmente.
Certamente a escrita não é um detalhe à parte na minha vida. É a minha vida. Não quero dizer que minha vida é escrever, mas esse é um caso que explicita todo o resto. Ser uma escritora, ser grande é o que eu desejo, mas a covardia é maior do que a força em mim. Projetar uma casa é mais fácil do que construir uma. De planos eu já me cansei. Não sonhei com tudo que poderia, mas já repeti tantas vezes o mesmo sonho que preciso dar uma mudança nas coisas, então resolvi tomar a decisão de escrever.
Escrever não como realização de um sonho e sim como tentativa de auto-conhecimento. O que é perfeito na terra das fantasias, muitas vezes não pode ser visto da mesma forma no mundo real. E se minha paixão não for escrever? Muitos detalhes serão diferentes. A realização de sonhos não deve ser a pura transferência de planos, mas sim a reconstrução de tudo. Não a partir do zero, por mais imaginária que sejam, as fantasias de uma certa forma são reais, porque minha natureza é real.
Sinto um desejo compulsivo de escrever, viver, o qual me trouxe à produção desse texto. Uma energia que vem intensa e que deve ser usada no momento ou perde sua potência. Tenho sentido isso freqüentemente nos últimos meses, mas não sei bem como canalizar tantos impulsos por medo de errar. Viver é profano, é heresia: é se entregar aos mais intensos impulsos e tomar as decisões mais loucas e impensadas em nome de algo que não se conhece, mas que se reconhece no primeiro olhar do encontro. É encontrar as palavras perfeitas num dicionário que expressem nossas idéias, inspirações. Viver é encontrar uma imagem fora de si, mas que seja o reflexo exato das turvas imagens fantasiosas interiores.
1 Comentários:
Você precisa contiar escrevendo... isso me ajuda de tantas formas que acho que pode ser igual pra todo mundo... e não tenha vegonha de mudar de conceitos ou de pensar de forma diferente. Eu vivo mudando uma frase ou outra nos meus posts. Acho que você já tem o que de mais primoroso um escritor pode ter... falar sobre as coisas simples ao seu redor. ( eu me aventuro aí tambem... mais adoro fantasias) ( Lewis principalme).
Continue assim.. que voce vai longe... mesmo que dentro de voce.
Por
Filipe de Paula Silva, Às
6 de agosto de 2009 às 23:39
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